Amamentação e Trabalho

Fazia tempo que eu queria que a mãejovem colaborasse aqui, mas ela tem beem menos tempo que eu.. então demorou um pouco, mas aqui está o relato dela sobre amamentação X trabalho:

danibat05558

“Vou contar como fiz para manter o aleitamento materno exclusivo mesmo voltando a trabalhar.
Eu tinha licença de 4 meses + 30 dias de férias do meu emprego, mas também sou profissional autônoma, então em março, quando o Arthur tinha 2 meses e meio, resolvi voltar para o consultório, pois já estávamos sofrendo com a falta do dinheiro que vinha por essa via.
Na semana anterior ao retorno às atividades no consultório, fui alugar uma extratora de leite elétrica. Eu já tinha feito o teste de fazer a ordenha manual, mas não achei muito prático (sei que algumas mulheres preferem, mas eu não me adaptei tão bem). Na loja para alugar (Leite do bebê, em Porto Alegre-RS) fui muito bem atendida. Me mostraram todas as variedades de extratoras disponíveis, tanto para comprar quanto para alugar. Fiquei muito feliz ao perceber que poderia alugar uma mais simples (Medela mini), pois uma vez que eu tenho bastante leite, não precisaria de uma máquina com a função massageadora que ajuda a estimular a produção de leite quando for extrair.
Me adaptei bem à máquina. Sempre que podia, tirava leite para guardar (dura 15 dias no freezer).

leite
Quando terminou minha licença maternidade, tinha um dia da semana que eu ficava fora por 10 horas seguidas. Nesse dia eu levava a máquina extratora para o trabalho juntamente com uma bolsa térmica cheia de gelo. No intervalo eu tirava leite e guardava na bolsa térmica. Quando chegava em casa, o leite estava super gelado, aí colocava para congelar.
A pediatra incentivou que eu deixasse mamadeiras com o meu leite para o Arthur. Ele nunca tomou outro leite. Claro que isso só aconteceu porque realmente tenho uma boa produção de leite. Se precisasse, se eu não conseguisse deixar uma boa quantidade de leite, introduziríamos algum complemento.
Bom, aí se passaram 6 meses desde que eu aluguei a máquina. Nunca imaginei que usaria tanto. Eu não fazia ideia de como a amamentação seguiria depois que eu voltasse a trabalhar e depois que iniciasse a introdução alimentar, mas a amamentação seguiu. Mas agora, com 8 meses, o Arthur já come duas refeições salgadas por dia, mais as frutas, então a quantidade de mamadeiras necessárias no dia diminuiu. Então decidi devolver a máquina elétrica que eu alugava e comprei uma Philips Avent manual (ela era o mesmo preço que um mês de aluguel). Se eu tivesse me dado conta antes, teria economizado mais, mas eu confiava muito na elétrica. Ela realmente foi muito boa para mim e eu não tinha certeza de como seria com uma manual (pois as elétricas boas são muito caras para que pudéssemos comprar. Sei que as pessoas compram e depois vendem, mas não tínhamos esse dinheiro para desembolsar).


Logo que chegou pelo correio a minha extratora manual Philips Avent eu fiquei ansiosa para testar para saber se poderia ou não devolver a de aluguel. Testei mais de uma vez. Cada vez fui me sentindo mais segura. Ela é mais “fraca” que a elétrica, mas para a minha produção de leite era totalmente eficiente. Fiquei apaixonada pela minha nova extratora manual, principalmente por não precisar de energia elétrica para usá-la, podendo ser usada em qualquer lugar, sem falar que é muito mais leve e pequena para carregar pra lá e pra cá. E vou dizer pra vocês que o tempo que gasto para tirar leite agora é o mesmo que gastava com a elétrica. Essa Philips Avent é da linha pétala. É muito confortável de usar. Tem uma espécie de almofada para o seio, então o vácuo não machuca tanto. Realmente estou muito satisfeita e recomendo (tanto a Medela quanto a Philips Avent).
E por aqui me parece que a amamentação ainda vai longe!”

Letícia (MãeJovem)

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